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Novo Fator de Ranking do Google​

A experiência do utilizador é um dos fatores mais importante na nova atualização do Google.

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O Google deixou claro o seu objetivo em ser fornecer o melhor conteúdo disponível para o seu público. Mas tem enfatizado, principalmente nos últimos anos, que onde essa informação for encontrada deve receber a mesma atenção.

A experiência de página (page experience) corresponde à maioria das teorias de marketing modernas que identificam a experiência do consumidor como central para uma estratégia.

Neste artigo iremos analisar este tema ao pormenor:
  1. O que é a Page Experience (experiência de página)?
  2. Por que é que se deve preocupar com o novo fator de classificação?
  3. O que muda para o utilizador?
  4. Como esta atualização afeta o SEO?
  5. O que são Core Web Vitals?
  6. Que ferramentas podem analisar essas métricas?
  7. Que práticas contribuem para a page experience?

O que é a Page Experience (experiência de página)?

A experiência de página é um factor de classificação que reúne métricas focadas na capacidade de resposta, interatividade, segurança e velocidade dos sites.

O seu objetivo é garantir a satisfação dos utilizadores com as páginas da web, independentemente de seu conteúdo.

No entanto, não devemos confundir esse fator com a “landing page experience”. É uma métrica que o Google Ads utiliza para estimar a relevância das páginas em relação aos anúncios patrocinados criados para elas.

Com esta atualização, o Google reafirma o seu compromisso em melhorar a web para todos, evitando situações negativas como pop-ups irritantes ou cliques indesejados. Este novo factor está programado para ser introduzido este ano, 2021.

O Google também prometeu avisar com pelo menos 6 meses de antecedência da data específica em que a atualização entrará em vigor.

A atualização também traz mudanças no recurso notícias principais nos dispositivos móveis, que já não terão AMP como requisito de elegibilidade. Também haverá novidades para o pacote de ferramentas de Marketing Digital.

Por que é que se deve preocupar com o novo fator de classificação?

Os profissionais de SEO sabem que o campo reúne uma grande quantidade de informações oficiais, mas também está cheio de hipóteses e palpites.

Por questões estratégicas e de marketing, o Google não revela os detalhes do seu processo de classificação, o que obriga empresas e profissionais a testar as suas próprias teorias. Mas essas descobertas empalidecem em comparação com a velocidade das atualizações do mecanismo de pesquisa. Em 2018, por exemplo, o algoritmo do Google recebeu 3.234 atualizações.

Muitas mudanças podem fazer com que um site ganhe ou perca posições de classificação instantaneamente. No entanto, apesar da maioria das mudanças entrarem silenciosamente em vigor, algumas atualizações trazem tantas implicações que o Google é essencialmente obrigado a anunciá-las.

Esse é o caso do índice móvel e, mais recentemente, da experiência da página.

Com a explosão mundial de dispositivos móveis, a Internet assumiu um novo formato que os mecanismos de pesquisa precisam ter em mente. Os smartphones já são o principal meio de acesso à informação. Por isso, o Google considera muito importante que os sites estejam devidamente preparados para receber esse tipo de tráfego.

tráfego web por dispositivo

Como a versão mobile dos sites agora tem prioridade na indexação, a atenção está toda no mobile. Isso significa que se o seu site oferece uma boa experiência de desktop, o desafio é oferecer o mesmo desempenho em todos os outros formatos de ecrã.

O que muda para o utilizador?

Técnicas e boas práticas de UX (experiência do utilizador) dificilmente são novas para os informáticos. Mas sejamos honestos: a maioria dos sites não se importa em sacrificar esses elementos em detrimento do marketing.

Por exemplo, as janelas pop-up são um dos recursos mais odiados da história da internet. O seu criador, Ethan Zuckerman, chegou a pedir desculpa publicamente por as ter inventado.

Mas as frustrações que uma página pode causar são imensas:

  • elementos que desaparecem repentinamente (incluindo texto);
  • botões atraentes que incentivam cliques, mas não vão dar a lado nenhum;
  • alertas de navegação não seguros;
  • páginas que simplesmente não carregam;
  • e vários outros fatores negativos.

Considerando isso, o argumento do Google é muito simples: de que adianta ter um conteúdo excecional se os seus utilizadores não podem apreciá-lo confortavelmente?

Nesse sentido, a equipa do mecanismo de pesquisa do Google esclarece que está empenhada em tornar a experiência na web mais agradável para o público.

Isso não significa que as ações de publicidade clássicas deixarão de existir, mas muitas delas certamente devem ser revistas.

Como é que esta atualização afeta o SEO?

No anúncio oficial, o Google deixou claro que procura priorizar os sites com as melhores informações gerais, mesmo que a experiência na página seja inferior.

No entanto, quando vários sites apresentam conteúdo de relevância semelhante, a experiência torna-se muito mais importante para a classificação.

Portanto, podemos fazer referência aos princípios criados por Peter Morville, da Semantic Studios (UX Honeycomb).

Segundo ele, uma página bem otimizada deve ser:

  • útil:todas as informações fornecidas devem ser de alguma utilidade para o visitante;
  • utilizável: a navegação e a funcionalidade devem ser claras;
  • desejável: o site deve conter elementos visualmente atrativos (como identidade visual, imagens, sons e até animações) que estimulem a interação;
  • de fácil localização: como essência do SEO, a página deve estar presente nas plataformas de busca;
  • acessível: o site deve estar disponível a todos os utilizadores, independentemente da forma de acesso;
  • valiosa:o conteúdo deve fornecer aos utilizadores informações valiosas, algo realmente relevante para eles;
  • confiável:a página também deve ter autoridade sobre o tema abordado e apresentar elementos que transmitam confiança.

Essas são as práticas básicas que direcionam a experiência do utilizador, mas também se aplicam a otimizações de SEO. Embora sejam relativamente vagos, eles dão-nos uma ideia inicial do que o Google espera das novas páginas da web.

O factor de experiência da página é baseado na união do que é conhecido como Core Web Vitals. Que é um conjunto de métricas que reúne parâmetros relacionados à velocidade, interatividade, estabilidade visual e outros indicadores para estimar a capacidade que um site tem de fornecer uma boa experiência.

O que são Core Web Vitals?

De acordo com o Google, Core Web Vitals são um conjunto de métricas do mundo real centradas no utilizador e que quantificam os principais aspetos dessa experiência.

Assim, o novo fator de classificação será uma combinação de várias variáveis.

As principais métricas são:

  • LCP(Largest Contentful Paint): tempo necessário para renderizar o maior elemento presente na página, normalmente uma imagem – ajuda a informar ao utilizador que o site está carregar;
  • FID (First Input Delay): intervalo entre a primeira interação do usuário (toque ou clique, por exemplo) e o momento em que o navegador responde a esta ação – demonstra que a página é interativa;
  • CLS(Cumulative Layout Shift): mede (numa escala de 0 a 1) o quanto o layout da página muda à medida que carrega – o movimento dos elementos pode prejudicar a experiência do utilizador.

Com a compreensão dessas métricas, o Google estabelece os seguintes parâmetros para uma boa experiência na página:

  • carregamento: LCP não deve ser superior a 2,5 segundos do primeiro carregamento;
  • Interatividade:o FID deve ser inferior a 100 milissegundos;
  • estabilidade visual:CLS deve ser menor que 0,1.

o guia prático do novo fator de classificação do google

A avaliação do mecanismo de busca também cobrirá as práticas de SEO como:

  • mobile-friendly: as páginas, assim como a estrutura do site, devem ser adaptadas para navegação em dispositivos móveis;
  • segurança da navegação:o conteúdo não deve, em hipótese alguma, conter informações maliciosas ou enganosas;
  • HTTPS: a página deve usar o protocolo de segurança SSL para garantir que qualquer informação trocada com o site está devidamente protegida;
  • ausência de intersticiais intrusivos:a navegação deve ser intuitiva e livre de pop-ups, anúncios e outros elementos que prejudicam a experiência do utilizador.

É importante ressaltar que, em relação aos intersticiais intrusivos, elementos essenciais, como alertas de cookies, verificadores de idade e até mesmo banners promocionais, não serão penalizados, desde que sejam utilizados de forma responsável – prejudicando o mínimo possível a experiência do utilizador.

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Com esses novos requisitos, o Google pretende ajudar as pessoas a encontrar e aceder às informações que procuram, com maior facilidade. Isso também ajuda os  profissionais de marketing a oferecer melhores experiências ao seu público.

Que ferramentas podem analisar essas métricas?

Existem várias ferramentas que o podem ajudar a compreender que etapas devem ser seguidas para que o seu site possa beneficiar dessas atualizações.

Conheça as principais plataformas disponíveis para otimizar o seu site:

PageSpeed Insights

Quando se trata de Core Web Vitals, o PageSpeed Insights permite que analise o desempenho da página de acordo com as métricas de experiência da página principal.

Basta escrever uma URL e clicar em “Analisar” para gerar um relatório baseado em dados precisos que irão oferecer inúmeras sugestões sobre como melhorar o seu desempenho.

Na parte superior do relatório, uma pontuação entre 0 e 100 é atribuída à página com base em todos os parâmetros avaliados.

É altamente recomendável que um site tenha como objetivo obter uma pontuação elevada nas principais métricas adotadas pelo Google, mas o objetivo não é que as pontuações altas se tornem numa obsessão. Nem mesmo o Google obtém nota máxima no serviço.

A ferramenta trabalha com estimativas aproximadas e, como resultado, muitas variáveis não são incluídas nesta verificação, principalmente em nível estratégico. Isso significa que o PageSpeed Insights é muito útil, mas não deve ser usado isoladamente.

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Google Lighthouse

O Google Lighthouse é uma solução automatizada usada para aprimorar os aplicativos da web.

Este serviço – acessível por meio duma extensão do Chrome – simula várias situações e condições para avaliar o desempenho da página.

A semelhança dos painéis não é coincidência.

O PageSpeed Insights recolhe dados de laboratório do Lighthouse (testes realizados sob condições controladas) e combina-os com dados de campo (informações de desempenho real) fornecidos pelo Relatório de experiência do utilizador do Chrome.

No entanto, nos relatórios do Lighthouse, contamos com medições além do desempenho, pois todas as métricas são testadas através de simulações controladas.

Isso significa que, se deseja obter uma avaliação mais rica da integridade do trabalho de SEO, esta ferramenta pode oferecer novos insights.

Google Search Console

Na secção “Enhancements” (Melhorias) do Google Search Console, pode encontrar dados sobre o Core Web Vitals no seu site e identificar os URLs com melhor desempenho e aqueles que precisam de melhorias.

Outro grande uso do GSC para otimização da experiência da página é relatar problemas de segurança. Desta forma, pode identificar possíveis falhas que podem comprometer a integridade do seu site.

Teste de compatibilidade com dispositivos móveis

Mobile-friendly é o termo usado pelo Google para definir sites que são otimizados por código para dispositivos móveis. Além de layouts responsivos que se adaptam a diferentes tamanhos de ecrã, a estrutura da página deve conter elementos que contribuam para a experiência do utilizador em smartphones, tablets, etc .

teste de compatibilidade mobile

Para verificar a compatibilidade do seu site, o Google fornece o Teste de compatibilidade com dispositivos móveis, uma ferramenta que também identifica erros no carregamento e renderização. Desde a atualização Mobile-First, o Google dá prioridade às versões móveis ao indexar páginas de mecanismos de pesquisa. Assim, o seu site deve estar otimizado para esta nova realidade.

Crazy Egg

Crazy Egg é uma ferramenta de análise da web que faz uso de mapas de calor para avaliar o comportamento dos utilizadores.

A monitorização é realizada por scripts inseridos no corpo da página e pode analisar diversos fatores:

  • heatmaps: permite visualizar que elementos recebem o maior número de cliques;
  • mapas de scroll: revela onde as pessoas estão a fazer scroll e onde saem da página;
  • ferramenta de sobreposição: exibe o número de cliques em cada elemento da página;
  • confetti:permite segmentar os cliques recebidos na sua origem ou perfil de utilizador.

Esta ferramenta é muito interessante para testar elementos de design e analisar a experiência do utilizador em páginas da web.

É amplamente utilizado para aumentar as conversões nas páginas de destino, mas os seus relatórios são importantes para otimizar qualquer tipo de conteúdo.

Como melhorar o seu Core Web Vitals?

Considerando o grande impacto que o Core Web Vitals terá no novo fator de classificação do Google, é fundamental tomar medidas para melhorá-los.

Como melhorar o LCP?

LCP é uma métrica que considera o que o utilizador vê ao abrir uma página na web. O seu site precisa de ter uma boa pontuação nesse parâmetro.

No entanto, tenha em atenção que o conteúdo com várias imagens de alta resolução (tutoriais, por exemplo) naturalmente terão pontuações mais baixas.

Se não for possível remover algumas imagens, pode fazer outros ajustes para melhorar o LCP, incluindo:

  • remover scripts desnecessários: monitorizar o seu site é essencial, mas lembre-se de que esses recursos têm um preço ao carregar a sua página;
  • remover elementos pesados: além de imagens e códigos, menus e widgets também podem comprometer o carregamento.
Como melhorar o FID?

A relevância do FID varia de acordo com o tipo de conteúdo. Por exemplo, numa publicação de blog, a única interação esperada é “fazer scroll” ou “ampliar o texto”.

Por outro lado, as conversões por meio duma secção de login ou página de destino podem ser significativamente afetadas por essa métrica.

Em todos os casos, para beneficiar das interações nas suas páginas, pode:

  • minimizar (ou adiar) o JavaScript: alguns plugins permitem geri-lo e otimizá-lo no site;
  • remover scripts não essenciais:o mesmo que no LCP;
  • usar plug-ins de cache: o cache reduz o esforço dos navegadores para carregar as páginas.
Como melhorar o CLS?

Se os elementos da sua página forem reorganizados durante o carregamento, o utilizador precisará de reavaliar onde eles estão e ainda pode estar sujeito a cliques indesejados.

Na maioria dos casos, uma pontuação CLS baixa está relacionada com problemas de redimensionamento. Então:

  • dimensionar imagens, GIFs e outros conteúdos com precisão no seu site para que os navegadores saibam exatamente quanto espaço ocupam;
  • reservar espaços fixos para elementos adicionais (como banners e formulários) ou inseri-los no fundo para que outros itens na página não sejam reorganizados durante o carregamento.

Que práticas contribuem para a Page Experience?

Além do Core Web Vitals, algumas práticas também podem contribuir para a experiência da página.

Aqui temos algumas sugestões:

Melhore a velocidade de host

Os seus utilizadores, assim como o Google, valorizam uma experiência de página sólida. Um mau serviço do seu domínio pode afetar gravemente a estabilidade, a segurança e, acima de tudo, a velocidade do seu site.

Encontre um plano consistente que se coadunem com a exigência do seu projeto e prefira empresas confiáveis com atendimento de qualidade ao cliente.

Acelere o seu CMS

O seu CMS também deve ser configurado corretamente para permitir que as suas páginas tenham um desempenho de alto nível. No WordPress, existem várias etapas que podem ser executadas para melhorar o carregamento e tornar a navegação mais fluida.

Incluem:

  • desabilitar plugins desnecessários:a enorme variedade de soluções que um CMS oferece faz com que muitos webmasters acumulem aplicativos desnecessários que consomem recursos;
  • comprimir arquivos e códigos: use plugins para reduzir o tamanho das imagens e códigos do site e tornar as páginas mais leves;
  • criar ecrãs dinâmicos: se o seu site tiver páginas longas ou muitos arquivos, é interessante usar tópicos ou plug-ins de carregamento gradual;
  • use temas de alto desempenho: escolha interfaces rápidas com boa usabilidade e nunca use temas piratas.
Avaliação comparativa

Qualquer profissional de marketing sabe que pode aprender muito estando a par das práticas de dos seus concorrentes, e neste caso não é diferente.

Muitas ferramentas, como SEMrush e Ubersuggest, permitem que compare o desempenho de SEO do seu site com outros endereços que escolha.

No entanto, as empresas costumam escolher marcas que sejam referências no seu mercado, o que não é uma má prática.

Grandes empresas, como Amazon, Facebook e Google, costumam fazer testes exaustivos para garantir a eficácia máxima de seus serviços.

Pense nos seus utilizadores

Precisamos referir que o foco principal de qualquer otimização é: a satisfação do utilizador. Embora os parâmetros gerais do Google sejam bastante eficazes, deve considerar as particularidades do seu público.

Na verdade, uma equipa de marketing pode deparar-se com situações em que as recomendações do mecanismo de pesquisa não correspondem às necessidades dos visitantes, sendo necessário pesar os prós e os contras de cada caminho.

É importante destacar que o Google trabalhará continuamente para identificar e medir os indicadores que compõem a experiência da página.

Conforme a equipa de webmasters do Google esclarece, o comportamento do utilizador e, como consequência, o SEO, está em constante evolução. Portanto, as melhorias devem ser constantes.

Além de gráficos e relatórios de desempenho, a experiência da página ilustra uma nova fase do mercado digital em que empresas e utilizadores constroem uma nova Internet, juntos.

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